Em 2012 o e-reader da Amazon (por enquanto ainda com o título de “melhor”entre os disponíveis) completou 5 anos, mas quem chegou para venda direta aqui no Brasil (através de uma parceria com a Livraria Cultura) foi o aparelho do concorrente, o Kobo. Mas ainda é gigantesco o número de leitores que sabe muito pouco sobre como obter e ler conteúdo nesse formato. Por isso montei esse pequeno “ABC do e-book” que poderá ser atualizado periodicamente para esclarecer dúvidas de iniciantes.
A leitura em dispositivos dedicados exclusivamente a essa função entre os leitores brasileiros (que são poucos) ainda bão é expressiva. A disponibilidade de informações para o grande público (leia-se, os que não são aficionados por tecnologia) deixa muito a desejar. É bastante provável que boa parte dos seus amigos e conhecidos não tenha uma ideia sequer nebulosa sobre as diferenças entre tablet e e-reader e só consiga associar o temro e-book aos PDF’s. Mas os movimentos no mercado online dos últimos dois meses do ano prometem mudar essa realidade no Brasil. Se isso vai significar que deixaremos de portar o carimbo de país de não leitores, não sei, mas bem poderia ser uma das portas para chegarmos a uma outra realidade.
Na esperança de esse movimento se inicie, revisei e requentei o resumo (nada original, admito),com informações muito básicas para aqueles que não tem nenhuma intimidade com o universo dos e-books.
O que é um e-book?
Também conhecido como livro eletrônico, os e-books são versões digitais de livros, que podem ser lidos em computadores ou em dispositivos portáteis de leitura chamados e-Readers (eReaders). No Brasil, os tablets tem sido associados à leitura de e-books até com mais ênfase do que os aparelhos dedicados exclusivamente a esse fim.
O que é o formato de um e-book?
Existem diferentes tipos de arquivo utilizados para disponibilização dos e-books. Cada um com suas vantagens e suas limitações. Os mais comuns à venda atualmente são o ePub e o PDF e, para quem compra na Amazon, o Mobi. Veja algumas características de cada formato.
ePub
O formato ePub (electronic publication) é um padrão aberto para livros eletrônicos definido pela International Digital Publishing Forum (IDPF). E-books nesse formato ePub possibilitam conteúdo redimensionável, ou seja, a apresentação do texto pode ser otimizada para diversos dispositivos de leitura. Com ele, é possível mudar a fonte, aumentar o corpo de letra, sublinhar frases, consultar uma palavra no dicionário sem abandonar a leitura.
Já o PDF é um formato de arquivo, desenvolvido pela Adobe Systems, que permite que o documento mantenha a mesma aparência em qualquer dispositivo, porém sem a possibilidade de se auto-ajustar às diferentes dimensões de tela, também não permitem alterar o tamanho da fonte.
Mobi
O mobi é o formato adotado pela Amazon, que fornece o (ainda) lider no ramo de e-readers, o Kindle. Ele possui algumas das funcionalidades do ePub, como a configuração do tamanho da fonte e a consulta a dicionários durante a leitura (o significato e etc aparecem no rodapé do texto).
E um e-reader, é o que mesmo?
Não confunda e-reader com tablet, embora tablets também possam ser utilizados para leitura de e-books em boa parte dos formatos disponíveis, trata-se por e-reader o apararelho concebido especificamente para leitura de e-books, sendo que os melhores utilizam a tecnologia e-ink, ou seja, uma tela que “imita” a impressão em papel, sem emitir qualquer luz (inclusive não pode ser lida no escuro sem auxílio de uma lâmpada, mesmo que seja uma daquelas belezinhas práticas de led).
Onde se compra e como se transfere e-books para dispositivos de leitura?
O objetivo deste espaço não é a publicidade e sim a informação, baseada, claro, na minha própria experiência. Há vários sites de livrarias que vendem e-books (Cultura, Saraiva, Gato Sabido são as principais que me ocorrem) no Brasil. Para quem tem um cartão de crédito internacional, pode se fartar com a Amazon, Smashwords e outras, especialmente se houver possibilidade de leitura em outras línguas. Os formatos variam e são determinados pelas editoras. Existem também obras disponibilizadas de modo gratuito por iniciativas como o Projeto Guttemberg, Domínio Público além dos portais de autopublicação que agregam autores dispostos a disseminar seus escritos gratuitamente.
O preço, em geral, fica na faixa de 30% abaixo do valor das versões impressas, o que pode ser considerado inaceitável por muitos leitores não acostumados ao e-book, mas eu posso testemunhar que a relação custo-benefício pode ser muito boa para quem tem um e-reader e pode transportar muitos títulos (até 1.500 no caso do modelo de Kindle que possuo) sem sobrecarregar sua coluna.
E o tal DRM?
Digital Rights Management ou gerenciamento de diretos digitais, é um sistema de proteção anticópias ou controle de acesso às publicações digitais que normalmente é aplicado aos arquivos dos e-books por quem os edita e/ou comercializa. Esse dispositivo faz com que o comprador de um e-book possa utilizar o arquivo num número limitado de dispositivos de leitura (em geral, 6 dispositivos, por exemplo: 1 desktop, 1 notebook, 2 e-readers e 2 tablets), e sempre atrelados a um cadastro no seu nome, ou seja, não é possível transferir o arquivo para outros usuários se ele possui DRM.
Quer saber mais sobre e-books, e-readers e outros aspectos dessa nova via de publicação?? Na coluna aqui ao lado tem a guia “Mais sobre E-books”. Aproveitem.